DATA PUMP: Configurações iniciais
Se você já teve dúvidas sobre como começar a usar o Oracle Data Pump, este guia foi feito para você. Pense no Data Pump como um sistema logístico eficiente, onde cada etapa é como organizar pacotes para diferentes destinos.
Neste primeiro artigo, vamos construir uma base sólida para suas operações, explorando permissões, configurações e boas práticas para preparar o ambiente.
Para que o processo de exportação funcione corretamente, é importante destacar que o usuário SYS não deve ser usado para realizar exportações com o Data Pump.
Assim vamos iniciar criando um usuário para realizar todo o trabalho duro.
CREATE USER USR_FULANO IDENTIFIED BY senha
DEFAULT TABLESPACE TBS_DATA
QUOTA 200M ON TBS_DATA;
O usuário responsável pela operação deve ter os seguintes privilégios:
GRANT CREATE SESSION,
CREATE TABLE,
CREATE TABLESPACE,
DATAPUMP_EXP_FULL_DATABASE,
DATAPUMP_IMP_FULL_DATABASE
TO USR_FULANO;
GRANT AO USUÁRIO
Conferindo os privilégios do usuário
SELECT * FROM DBA_ROLE_PRIVS WHERE GRANTEE = 'USR_FULANO';
SELECT * FROM DBA_SYS_PRIVS WHERE GRANTEE = 'USR_FULANO';
PRIVILEGIOS DO USUÁRIO
Esses privilégios são necessários porque, durante a exportação/importação, o Data Pump cria uma tabela temporária [TABELA MASTER] que funciona como uma ponte para transportar as informações. Essa tabela temporária utiliza um diretório físico no sistema operacional, que configuraremos a seguir.
Vou abrir aqui um parênteses para demonstrar o funcionamento desta tabela master.
DESC SYSTEM.JOB_MONITORANDO_EXPORTACAO
O comando acima demonstra que durante a exportação do DATA PUMP haviam XXXXXX linhas nesta tabela.
SELECT COUNT(*) FROM SYSTEM. JOB_MONITORANDO_EXPORTACAO
Agora com a exportação finalizada percebemos com o comando acima que esta tabela não existe mais, serviu somente para fazer o transporte dos dados. Feito esta explicação detalhada seguimos com a preparação para nossa exportação.
A primeira etapa é criar um diretório no sistema operacional onde os arquivos de exportação (DUMP FILES e LOGS) serão armazenados. Para isso, desconecte-se do banco e execute o seguinte comando como usuário do sistema operacional:
MKDIR DUMPS
A imagem acima demonstra que estou dentro do “/home/oracle” que com o comando
Pense neste diretório como um armazém onde todos os pacotes (arquivos de exportação e logs) serão organizados antes de serem enviados. Aqui, criamos o diretório chamado dumps no caminho especificado.
Depois de criar o diretório no sistema operacional, é hora de registrá-lo no banco de dados. Conecte-se ao banco com o usuário SYS e execute:
CREATE DIRECTORY DATA_PUMP_X AS '/home/oracle/dumps';
CREATE OR REPLACE DIRECTORY
Esse comando cria um diretório lógico chamado DATA_PUMP_X vinculado ao caminho físico /home/oracle/dumps. Caso seja necessário excluir um diretório existente antes de recriá-lo, use:
DROP DIRECTORY "DATA_PUMP_X";
Para listar todos os diretórios cadastrados no banco, incluindo o recém-criado DATA_PUMP_X, execute:
SELECT DIRECTORY_NAME, DIRECTORY_PATH FROM DBA_DIRECTORIES;
SELECT DIRECTORY_NAME, DIRECTORY_PATH FROM DBA_DIRECTORIES
Esse passo garante que o armazém (diretório) esteja devidamente registrado no banco e pronto para uso.
Com o diretório devidamente criado, é necessário conceder permissões para que o usuário (USR_FULANO) possa ter acesso. Para isso, conectado com usuário SYS execute o seguinte comando.
GRANT READ, WRITE ON DIRECTORY DATA_PUMP_X TO USR_FULANO;
Imagine que você está entregando as chaves do armazém ao responsável pelas operações.
Se você utiliza o MobaXterm, pode observar de maneira interativa os diretórios criados no sistema operacional. A interface lateral do Moba permite navegar pelos caminhos e confirmar visualmente que o diretório físico foi criado corretamente. Essa ferramenta torna a administração mais prática e intuitiva.
RECURSO MOBA
Na lateral esquerda é bem interativa e didática para visualizarmos os que estamos vendo na linha de comandos.
DIRETORIO DUMPS
Neste artigo, estabelecemos as configurações iniciais para operar com o Oracle Data Pump, desde a criação do diretório no sistema operacional até o registro no banco de dados e concessão de permissões. Assim como em um armazém bem organizado, cada passo foi planejado para garantir eficiência e controle nas operações futuras.
Com essa base pronta, você estará preparado para explorar os modos de exportação do Data Pump e tirar o máximo proveito dessa poderosa ferramenta. Nos próximos artigos, vamos nos aprofundar nos diferentes modos e parâmetros de exportação, transformando o Data Pump em uma ferramenta indispensável para o seu ambiente Oracle!