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Benchmark Oracle: Binds & Commit

Benchmark Oracle: Binds & Commit

Para demonstração no Curso de Performance Diagnostics & Tuning, fiz um rápido Benchmark para analisarmos as consequências de uma aplicação que não é desenhada corretamente para o Oracle Database.

Fiz 4 scripts que executam 10000 Inserts de um único NUMBER sequencial em uma tabela vazia, de apenas uma coluna.

oracle@rproni-laptop:~$ ls -l *.pl
 -rw-r--r-- 1 oracle oinstall 629 2010-03-22 16:49 NoCommit_NoBinds.pl
 -rw-r--r-- 1 oracle oinstall 630 2010-03-22 16:48 NoCommit_WithBinds.pl
 -rw-r--r-- 1 oracle oinstall 629 2010-03-22 17:12 WithCommit_NoBinds.pl
 -rw-r--r-- 1 oracle oinstall 630 2010-03-22 16:49 WithCommit_WithBinds.pl
  • O primeiro script é o método correto de se desenvolver uma aplicação que utiliza o Oracle Database, pois ele utiliza variáveis Binds, e só executa Commit ao término na regra de negócio.
  • O segundo script utiliza variáveis Literais ao invés de Binds, mas utiliza o Commit corretamente, como o script acima.
  • O terceiro script executa Commit logo após cada um dos 10000 Inserts, mas utiliza Binds corretamente.
  • O quarto script é o pior caso, pois além do Commit automático, não utiliza variáveis Bind.

Abaixo, o resultado da medição do tempo de execução e uso de CPU de cada um deles. Decida qual é o melhor.

oracle@rproni-laptop:~$ 
time perl NoCommit_WithBinds.pl; 
time perl NoCommit_NoBinds.pl; 
time perl WithCommit_WithBinds.pl; 
time perl WithCommit_NoBinds.pl
real    0m14.061s
 user    0m3.916s
 sys    0m0.908s
 
 real    0m24.219s
 user    0m3.748s
 sys    0m0.972s
 
 real    2m43.231s
 user    0m5.532s
 sys    0m1.172s
real    2m46.057s
 user    0m4.432s
 sys    0m1.132s

É interessante notar que os scripts que executam os métodos incorretos, demoram muito mais tempo, mas consumem quase o mesmo de CPU. É por isso que achamos que “o Banco está tranquilo” enquanto o TEMPO de resposta da aplicação está péssimo. O tempo é gesto em WAITs, e não em CPU.

Ricardo Portilho Proni

Ricardo Portilho Proni

Com 20 anos de experiência profissional, Oracle ACE Member – eleito pela Oracle Corporation um dos maiores especialistas do mundo em Oracle Database- Trabalhou em grande parte dos maiores bancos de dados Oracle do Brasil. Certificado em Oracle, SQL Server, DB2, MySQL, Sybase e Websphere. Conselheiro do GPO e do GUOB, palestrante do ENPO, GUOB Tech Day e Oracle Open World, escritor da Revista SQL Magazine e Instrutor na Nerv.

Comentário(s) da Comunidade

  1. Avatar de Regis Araujo

    Fala Portilho..!

    Nada melhor doq fatos para demonstrar que algo esta certo ou errado..!!

    Agora uma dúvida.. e quando o insert é com mais de 100 milhões de linhas, qual seria o melhor metodo?
    Deixar o commit para o final e encher a área de undo ou dar commit a cada 1 milhão ou mais?
    Onde a regra de negocio permite uma recarga dos dados caso o processo seja abortado inesperadamente…

    Abraços..!

    Regis Araujo

  2. Avatar de Ricardo Portilho Proni

    Grande Regis !

    Em Oracle, você deve fazer o Commit quando você deve fazer o Commit, ou seja, quando sua regra de negócio permite e exige o Commit.
    O UNDO deve atender sua regra de negócio, e não a arquitetura do Oracle.

    No caso de INSERT de 100 milhões de linhas não haverá necessidae de leitura do UNDO para reconstrução da imagem consistente, mas no caso de um UPDATE e DELETE sim. Mas se você faz um UPDATE ou DELETE no Oracle de 100 milhões de linhas, é melhor repensar seu ?rocesso (CTAS…).

    Entretanto, o maior perigo é o Commit indiscriminado, o AutoCommit. Este sim é prejudicial, para o negócio e para o Oracle.

    Abraço !

  3. Avatar de Rodrigo Santana

    Olá Portilho, primeiramente parabéns pelo post.
    Achei interessante a pergunta do Regis, como você disse, no INSERT o Oracle não terá que ler a Before Image nos segmentos de Undo. E só para acrescentar, nas instruções de INSERT o Oracle irá ter que registrar nos segmentos de Undo somente um ponteiro para cada linha, não todo o conteúdo da linha, pois se o usuário der um ROLLBACK ele usará esses ponteiros para desfazer as alterações feitas nessas linhas. Com isso é gasto muito menos espaço nos segmentos de undo quando se usa INSERT.
    Portilho, tenho uma dúvida: Quando usamos CTAS o Oracle dará INSERT para popular a tabela recém criada ?

    Abraço.

  4. Avatar de Ricardo Portilho Proni

    Oi Rodrigo. Ótimo comentário.

    O CTAS faz Insert Direct Path, mas se vocÊ olhar no Trace ou no Log Miner, não verá o comando INSERT, apenas o CTAS.
    Já testei ele ao invés de INSERT com APPEND PARALLEL, e não tive muito ganho. Mas o CTAS x UPDATE ou DELETE, ganha disparado. E com o NOLOGGING e PARALLEL, o ganho é maior ainda.

    Abraço !

  5. Avatar de Andre Santos

    Portilho

    Parabéns pelo post!
    Não sei se perdi algo ao ler… mas qual a diferença (significados) entre “real”, “user” e “sys” nos resultados?

    Abraço

  6. Avatar de fsitja

    Bem bons aqueles gloriosos ETLs que disparam commit linha a linha na carga.

    Já vi inclusive ferramentas de mercado que trabalham assim. Coisa de alto nível…

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