Oracle Closed World

Oracle Closed World

Dia de Imprensa

Vou ficar em informática mesmo, decidi que jornalismo não está em minha lista de possíveis faculdades.
Fui como Imprensa na Oracle Open World (já havia ido em outras, mas como mero mortal), e não achei graça nenhuma.

No credenciamento, ganhei apenas um crachá e um bom dia (e o bom dia eu credito às minha belas madeixas). Não ganhei a bolsa que quem paga R$ 1.400 ganha. Tudo bem, ganhei a pastinha do Press Kit na coletiva, que vem com um Pen Drive (realmente bonito) de 1GB.

Não tinha o stand com promoções de livros técnicos, como em 2007. Meu colega Lorn, do Slackwarezine, foi ávido pelos livros, mas se decepcionou.

Não pude deixar de reparar que duas consultorias de porte médio, que tinham stand em 2007, não estão mais lá. Será que aumentou o preço, ou a verba delas diminuiu?

Me interessei por um stand de uma empresa que oferece treinamentos excelentes, e conversei sobre o evento com o responsável, que reclamava que uma pessoa do staff da Oracle ordenou que ele retirasse certos materiais de marketing que estavam em exposição, que já estavam aprovados pela Gerente de Marketing da Oracle.

Não eram bom sinais.

Não encontrei a grade de palestras em nenhum lugar. Tive que procurar na Internet.
Conferi a grade de palestras de Database, que são minoria. Achei algumas técnicas, que podem ser contadas no dedo de uma mão (nào considero CASE palestra técnica, e sim comercial). Mas um detalhe: todos palestrantes são da Oracle, HP, Dell ou Sun. Certamente não irei assistir uma palestra imparcial, nem quem pagou R$1.400 para isso. Open World?

Me aproximei de um stand (precisava de um café), e uma staff do stand gentilmente pegou meu crachá e o scaneou. Me senti na Alemanha de 1938. Mas ganhei o café.

Tentei tomar um café (pago) às 10:00 da manhã. “Desculpe senhor, ainda não abrimos”.
Ah, os cafés e restaurante, com filas enormes (20 pessoas na fila do pão de queijo) só aceitam dinheiro vivo. Mas a inscrição podia ser paga em débito ou crédito, e até parcelada !

Nos informaram que a coletiva com o Presidente da Oracle Brasil seria no Hotel Transamérica, e não no Pavilhão. Claro, porque ele viria ao pavilhão? Nós que queremos ouvi-lo, não é ele que quer falar.

Mas tudo bem, tinha uma Van para nos levarmos lá, o staff informou.
Mas não havia transporte adequado para necessidades especiais, e o Willians, que está usando muleta atualmente, teve dificulades para entrar na Van. Enquanto eu tentava ajuda-lo, o staff me disse “Vai logo, ou não vai ter lugar para você”. E não teve mesmo, tive que ir abraçado ao motorista.

Um nome mais adequado não seria “coletiva”, e sim “privada”. Apenas umas 8 perguntas puderam ser feitas, e se não me engano, por jornais importantes do Brasil e outros países da América Latina. A ordem pela qual as RPs escolhiam quem podia perguntar não fez sentido para mim.

Após a coletiva, o Presidente não nos recebeu. Mas tudo bem, a assessoria nos disse que ele nos receberia as 16:30. Incrédulo, fui embora, e fiquei sabendo pelo Blog do Willians que minha incredulidade tinha fundamento.
Ah, impagável a cena da Fernanda tentando ler um papel que estava na mesa da assessoria, que parecia uma grade de horários, e o staff puxando o papel dizendo que ela não poderia ver.

O Lorn, acostumado a eventos da comunidade de Software Livre, viu como é um evento beeem comercial. Não deve vir amanhã.

Este foi o 1o dia.
Espero assisitir uma palestra minimamente técnica no 2o, ou pelo menos receber uma massagem das garotas da Sun.

Oracle, se quer me receber como Imprensa, é melhor me tratar bem.

UPDATE

2o dia
Hoje o evento parecia mais organizado, ou mais vazio.

Achei uma palestra que parecia mais técnica, “Soluções Otimizadas de Warehouse com Sun e Oracle”, mas não era, era pura venda. Fui o único a fazer uma pergunta, o público (30 – 40 pessoas) estava bem fria, embora achei o palestrante bom, John Vakos, da Sun.

Perguntei que filesystem era mais utilizado nos DWs Sun, ele respondeu que devia ser ZFS, mas precisava conformar com os engenheiros. Triste.

Tentando entrar no espírito comercial, conheci um produto muito bom, o Guardium, da Leadcomm.
Ele e baseado em um appliance, e agentes ficam instalados em todos Bancos de Dados. Então, em um console central, pode ser auditado tudo o que é feito nos Bancos, SELECTs, DML, DDL, DCL. E o DBA não consegue interferir nesta auditoria, ao contrário de outras soluções.

Pode-se inclusive configurar para que uma conexão seja derrubada se tentar fazer algo não autorizado, e ver o que ainda não foi executado commit, ou já foi executado rollback.

E o mais importante, suporta Oracle, SQL Server, MySQL, Sybase, Informix, DB2, e outros Bancos que eu não sabia que existiam. Tudo controlado pelo mesmo console.

Gostei de mais duas coisas: Justiça seja feita, os técnicos dos Demo Grounds da Oracle são muito bons, bem técnicos, realmente conhecem os produtos, e respondem qualquer pergunta que você fizer de modo convincente.
Outra coisa inteligente foram os dias do evento, de terça a quinta. As pessoas que viajam podem chegar na segunda, descansar, e não precisam sair correndo no último dia do evento.

Mesmo assim, chega de OOW para mim. Quem sabe na próxima.